domingo, 25 de novembro de 2018

CRB VENCE O FIGUEIRENSE PELO PLACAR DE 2 A 1 E ASSEGURA A PERMANÊNCIA NA SÉRIE B DE 2019

Time regatiano não foi brilhante durante a temporada, mas na reta final cresceu de rendimento e será o representante de Alagoas na competição nacional 

Por: Wellington Melo

O CRB foi para o último jogo da temporada no campeonato brasileiro da série B dependendo apenas de mais uma vitória para assegurar vaga na competição em 2019. O duelo final foi diante do Figueirense no estádio Rei Pelé e o Galo venceu de virada pelo placar de 2 a 1, gols marcados no segundo tempo pelos atacantes Rafael Costa e Willans Santana.
Com a vitória o CRB somou 48 pontos e terminou a competição na 12ª posição a frente do São Bento, Criciúma, Figueirense e Oeste; além dos rebaixados Paysandu, Sampaio Correa, Juventude e Boa Esporte.

VEJA OS GOLS E LANCES DA PARTIDA




UMA CAMPANHA SOFRIDA E UM ANO PARA O TORCEDOR REGATIANO ESQUECER 

A temporada de 2018 para torcida do CRB foi de muita frustração e sofrimento. A primeira grande decepção foi a perda do tetra campeonato alagoano para o rival. Em seguida as eliminações precoce na Copa do Brasil e Campeonato do Nordeste. Na sequência o CRB fez uma campanha na série B muito abaixo das expectativas dos torcedores regatianos e o time passou toda a competição brigando nas últimas posições tentando fugir do rebaixamento. 

ERROS E CONSEQUÊNCIAS

Onde a direção do CRB errou? 
É consenso entre a maioria dos torcedores regatianos em apontar a diretoria como o principal responsável pelo fracasso do clube na atual temporada. A decisão do Presidente do clube em contratar o técnico Mazola Júnior, mais uma vez, e dar total autonomia para o treinador trazer atletas indicados exclusivamente por ele e dando poderes de decisão plena na formatação do elenco foi, sem dúvidas, o grande erro da diretoria no início da temporada. Mazola Júnior indicou e a diretoria contratou muitos jogadores  medalhões e fora da realidade financeira do nosso futebol, o elenco ficou inchado, folha de pagamento altíssima, muita vaidade, extra campo péssimo e com atletas que não renderam na equipe; ou seja, o CRB contratou muito e errado graças a prepotência e ao poder que foi dado pelo Presidente do clube ao técnico Mazola Júnior e também ao dirigente Alarcon Pacheco. 
E a primeira consequência desses erros por parte da diretoria foi a perda do tetra campeonato estadual. Em seguida manteve o técnico para início da série B mesmo sem clima para permanência e com o elenco rachado. Resultado da insistência o time já começou a competição perdendo na estreia para o Oeste por 2 a 0 jogando o mesmo futebol burocrático e sem padrão tático definido desde que o Mazola assumiu a equipe. Antes tarde do que nunca, após a derrota a diretoria dispensou o treinador. 
E quando a coisa começa errado a tendência é a situação desandar para uma sucessão de equívocos e chega o momento que bate o desespero. Na esperança de acertar na substituição ao técnico Mazola a diretoria traz um jovem treinador, Júnior Rocha, um técnico ainda sem muita credencial para assumir o comando da equipe do porte do CRB em uma competição nacional. Por mais esse erro a diretoria pagou caro e teve que dispensar mais um técnico que em 16 jogos venceu apenas quatro, perdeu sete e empatou cinco deixando o time na penúltima colocação quando foi dispensado. 
Na tentativa de consertar os erros cometidos até então com a contratação de dois treinadores com a competição em andamento, agora a diretoria apela para trazer um profissional mais experiente e renomado no futebol nacional. A bola da vez foi o técnico Doriva com passagens por clubes de série A como Vasco e São Paulo. Com essa investida esperava-se que a equipe degolasse na competição e no comando de Doriva o Galo começou vencendo dois jogos seguidos, porém na sequência o time não manteve a mesma pegada, voltou a jogar mal e os resultados positivos não vieram. No comando de Doriva a equipe em 14 jogos venceu apenas quatro vezes, perdeu cinco e empatou mais cinco.  Mais um técnico que não se manteve no cargo. 
E aí, o problema do CRB era apenas no comando técnico? Claro que não!
O problema do clube foi a falta de planejamento desde o final da temporada passada quando a diretoria persistiu nos mesmos erros. Faltou profissionalismo por parte do departamento de futebol e uma gestão compartilhada sem a concentração de poderes delegada a um treinador e ao diretor de futebol Alarcon Pacheco. O presidente do clube foi omisso em alguns momentos e tem grande responsabilidade pelo fracasso do CRB na atual temporada. O clube gastou muito e gastou mal. Contratou vários jogadores com problemas disciplinar e de extra campo, com histórico de lesões e que ficaram mais tempo no departamento médico do que atuando em campo. 
Inúmeras contratações e dispensas numa mesma temporada não poderia dar certo. A consequência desse conjunto de fatores levaram a equipe a essa situação de quase rebaixamento na série B. Isso é fato.
Enfim, a cartada final. O desespero bateu na porta, o caminho para a série C estava próximo, a equipe precisava reagir urgentemente. Para isso mais um técnico precisava ser contratado como última esperança para salvar o CRB do rebaixamento. Roberto Fernandes foi o nome da vez. Ele era conhecido como um técnico cascudo, disciplinador e motivador. Com a chegada do novo comandante, o quarto na atual temporada, a equipe evoluiu em campo, obteve um padrão tático de jogo mais organizado e competitivo. Alguns jogadores cresceram de rendimento e conquistaram a confiança do treinador, a exemplo de Willians Santana e do garoto Iago, entre outros. A defesa começou a ser mais consistente e a sofrer menos gols, a equipe jogava mais compactada e de forma ofensiva. Os jogadores eram os mesmos, um ou outro saíram do time titular, porém foi a filosofia de trabalho do técnico que mudou a postura da equipe e na reta final cresceu de produção, em cinco jogos foram quatro vitórias e um empate que confirmaram a presença do Galo na série B de 2019.
Que as lições, os erros e acertos deste ano sirvam como exemplo e aprendizado para a próxima temporada. O CRB precisa de uma gestão profissional e compartilhada entre vários departamentos, de um presidente mais atuante no dia a dia do clube, além de um conselho deliberativo mais presente e que participe das decisões da entidade Clube de Regatas Brasil.
O certo é que ao final desta temporada não há motivo para o torcedor regatiano comemorar, afinal foi um ano sofrido e de briga direta contra o rebaixamento. Os dirigentes e a torcida do CRB precisam pensar grande, fazer com que o clube seja mais competitivo e sempre brigando por títulos, além de buscar o acesso para série A do campeonato brasileiro.

Que venha 2019!
Saudações regatiana.

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